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Mostrando postagens de julho, 2009

FIM DE JULHO

Os trinta e um dias deste mês acabam hoje. Foi tudo muito corrido. Me faltou tempo e saúde física para dar atenção ao INTITULÁVEL. Mesmo assim, decidi encerrar as postagens desse mês falando sobre este último dia. Durante os trinta dias anteriores tive inúmeras ideias para escrever. Algumas ainda estão na cabeça. Outras desapareceram. Teve uma também que foi escrita, mas não postada; ela foi vetada. Mas eu não desanimei. Não consigo digitar caundo.blogspot.com na barra de endereços do meu navegador e ver surgir na página um texto já lido, ultrapassado e até não comentado. Fico com aquela ânsia de colocar coisas novas, de fazer valer a minha criatividade e de colocar à prova meus dotes intelectuais. Mas a ansiedade, normalmente, se constitui em empecilho para a expressão do conhecimento. Já andei bastante hoje, de banco em banco, pagando contas. E que inferno estava o Banco do Brasil. Dia de pagamento dos aposentados e servidores públicos do estado. Uma loucura só. A fila era quilométri

CONTRASTES NO FIM DA TARDE

Estava apressado. Temia perder o ônibus. Mas isso não ocorreu. Cheguei ao ponto já reclamando internamente. Sabia que o transporte viria cheio. Não ia haver lugar para assentar. Aliás, eu estaria contente se houvesse um lugar para eu ir em pé acomodado. Era final de tarde. Horário de pico. O ponto estava lotado. Eu pensava no trânsito, na faculdade - local para o qual me dirigia, nos problemas cotidianos e nos estresses do dia. Olhava para as pessoas ao meu lado e via nelas um semblante semelhante ao que provavelmente elas estavam a ver no meu. Elas estavam ansiosas para chegar em casa e descansar. Todos ali estavam peremptoriamente preocupados apenas com o transporte. Mas o ponto em que eu estava me privilegiou outras coisas. Estava na Barra, mais precisamente próximo ao imponente Farol da Barra. A tarde fagueira de inverno se encerrava precocemente. O sol, entre pequenos estratos e cirros, ia se pondo. Era uma bola enorme que ia se alaranjando e deslizando sobre o horizonte, que na

SOMOS PERSONAGENS DE UMA HISTÓRIA?

O cinema é realmente um atrativo maravilhoso, que gera fascínio, diversão e também conhecimento. Por essas e outras razões ele se tornou a sétima arte. Mas porque sétima? Quando era ignoto no assunto achava que "sétima" era apenas numerologia mística. Me enganei feio! Com um pouco mais de pesquisa e de sabedoria arraigada ao cérebro, descobri que, antes da invenção do cinema - dezembro de 1895 -, havia seis artes tradicionais. São elas: arquitetura, literatura, pintura, música, dança e escultura. Dada a sua importância e magnitude, o cinema adentrou neste rol artístico e ficou conhecido como "sétima arte". Devido a tantos benefícios, sou um inveterado cinéfilo. Ainda distante de ser um fanático, pois sou apenas um apreciador desta arte. Inopinadamente, descubro grandes filmes, boas hisórias, roteiros interessantes e boas representações em filmes até desconhecidos do grande público. Sempre que posso, trago minha opinião sobre os mesmos aqui no Intitulável. Stranger t

Estórias inacabadas

Na mais recente madrugada de um mundo inventado, Martinho ainda não deve ter ido dormir. Mas não acredito que ele permaneça acordado por não sentir sono ou por estar simplesmente ansioso por receber o tão sonhado violão que o seu pai, Francisco Gonzaga, lhe prometera no capítulo anterior que falava da última noite, ao deixá-lo em seu quarto, deitado sobre a cama. Acredito, sim, que ele permaneça com os olhos abertos, sob o cobertor, esperançoso de que eu - depois de duas semanas sem abrir o arquivo de texto em que ele habita - retorne para criar novos parágrafos e continue a inventar a sua existência. Martinho, exatamente como a jovem Mariazinha, a Dona Elisete e o Sr. Mercedes – outros personagens que criei em outras estórias, presos também em outros arquivos de textos – é uma vítima da minha indisposição em finalizar contos, sob o calor de cada noite, frente ao computador. Entendo perfeitamente se este garoto de quinze anos, que fiz nascer no sertão da Bahia, xingar-me por completo e

A Era do Gelo 3

Desenho animado é algo muito difícil de criticar por um simples motivo: ou você gosta ou você não gosta. Ninguém passa horas analisando aspectos implícitos numa animação, exceto criações como "Os Simpsons", "South Park", entre outros. Então o texto de hoje será simples assim como o roteiro e o desenrolar dessa história que cativa todos pela sua originalidade e até mesmo pelo seu 'clichê'. Com lições sobre amizade, conviência, família e respeito ao próximo, "A Era do Gelo" não vai muito além do que já era conhecido pelo público. O mamute Manfred será pai, Diego com mais uma crise existencial e Sid envolve-se numa confusão que o leva para uma espécie de 'dinotopia' onde os amigos precisam salvá-lo. A verdadeira revelação é a doninha Buck, que com sua esperteza e excentricidade, guia o diferente bando na missão de resgatar Sid e devemos a ela as melhores cenas do filme, superando até mesmo Scrat, que por sua vez vive um "triângulo amoroso

O PODER DO PERDÃO

“...sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros...” Bíblia Sagrada "Compreender tudo, é tudo perdoar." Leon Tolstói Não é comum ao ser humano perdoar. Não é uma tarefa fácil. Compreender o modo de agir do próximo pode ser impossível. Entretanto, todos reconhecem, quer cristãos ou judeus, islamitas ou budistas, católicos ou evangélicos, ateus ou agnósticos, a importância do ato de perdoar. A palavra “perdoar” traz embutida em sua essência semântica a idéia de absolvição. É através do perdão que os seres humanos conseguem aceitar as falhas e conviver bem com as diferenças. No cotidiano, passamos por diversos momentos onde o perdão se faz ou deveria se fazer presente. Desde pequenos, aprendemos a pedir desculpas. E esse ato de educação nos acompanha ao longo da vida. Entretanto, esta boa ação torna-se simplesmente uma praxe, sem o devido entendimento do assunto. O perdão proporciona a abertura dos relacionamentos. Não há casamento estável, ou