Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Amor e paixão de e por Caroline

Topei com Rafael, meu melhor amigo do colégio, num Shopping Center de Salvador. Reconhecemos-nos de imediato. Dei-lhe um abraço e lhe parabenizei pelos feitos passados de sua perna esquerda, que, agora eu sei, hoje não faz mais do que alternar os passos com a sua perna direita, nas indispensáveis caminhadas suas de cada dia. Meu velho amigo me sorriu e me disse, surpreendentemente entusiasmado, que está estudando jornalismo, conforme ele planejara em todos aqueles anos. Eu fui testemunha desta sua luta, embora, depois de terminado o terceiro ano, nós tenhamos nos tornado apenas bons amigos de raros telefonemas e de escassas resenhas. A perna esquerda do Rafael, ou do França, como ele era chamado por causa do seu nome de guerra, era mesmo mágica, naqueles tempos nossos dos tão aguardados campeonatos internos, que aconteciam geralmente nos meados dos outubros de cada ano letivo. Disputávamos com condições de igualdade em todos os anos estes tais campeonatos do colegial, mesmo quando

Das vicissitudes de um confesso preguiçoso

Descobri algo que tem me proporcionado enorme prazer, nos dias meus de folgas semanais. Tenho me dedicado a não fazer nada. Mas é não fazer nada, assim, eu digo, veja se me entende, é não fazer nada o dia todo, que é pra sobrar alguma disposição pro dia seguinte, que geralmente é uma quarta-feira insossa. Mas, sendo elas insossas ou não, voltar ao trabalho às quartas-feiras, rapaz, é algo que não dá pra explicar nem mesmo hiperbolicamente. Devo eu me sentir mais inteiro, mais prestativo. Parece sempre que eu volto ao serviço com setecentas resenhas de livros na memória, com a alma renovada e com os cabelos penteados, porque, meu amigo, o que eu vendo às quartas-feiras não é brincadeira, não.               É o seguinte. Nas terças-feiras minhas de folga, depois de passar o dia todo dormindo e misturando o som da televisão e do ventilador com os sons dos enredos dos meus sonhos – já falei sobre esse deleite aqui, em outro texto -, eu levanto umas quatro e meia, tomo um banho, e saio p

O título

Osvaldo chegou em casa radiante. São poucos os meninos que chegam tão felizes da escola. O pai foi logo perguntando, quando o viu entrar em casa esbaforido: - Você viu passarinho verde, meu filho? - Não painho, quero muito botar no papel uma ideia genial que tive depois da aula de Português. O menino, que tinha onze anos de idade, cursava o sétimo ano do ensino fundamental. O pai sabia que o filho era estudioso e gostava de escrever. Estava feliz com o desenvolvimento escolar dele e, por isso, já tinha presenteado o garoto com um notebook. Mas, advertiu-o naquele instante, para tomar banho e almoçar, antes de ir para frente do computador. Osvaldo obedeceu. Mas comeu numa velocidade anormal. Em dez minutos ele já estava navegando, pesquisando, consultando e escrevendo. O pai chegou a olhar de longe, observou matreiramente o filho fuçando o google, alternando com outras páginas. Havia um brilho no rosto dele. Ele viu então uma página em branco surgir e o seu