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Mostrando postagens de dezembro, 2009

MIGUEL FALABELLA - UM ENTENDIDO DO HUMOR E DAS PALAVRAS

Acho difícil alguém não conhecer este cara. A maioria das pessoas lembra logo do hilariante ator. Os mais entendidos de televisão sabem do talento nato para roteiros que ele tem. Recentemente, soube por meu primo que Falabella escrevia uma coluna no mensalmente na revista ISTO É. Foi uma surpresa gratificante. Os textos são esplendorosos. Dá gosto de ler. É uma literatura moderna, mas bem embasada no arcabouço literário que já foi produzido. Miguel Falabella de Sousa Aguiar pode ser considerado um gênio. Hoje, aos 53 anos d eidade, a sua biografia é extensa. Ele ou foi ou é ator, dramaturgo, diretor, cinesta,escritor e apresentador de televisão. Duas passagens suas foram marcadas de modo inexorável: uma foi no 'Vídeo Show' e a outra foi no 'Sai de Baixo'. Ninguém esquece do cômico Caco Antíbes. Mas muitos desconhecem que todo o roteiro do maravilhoso 'Sai de Baixo' foi escrito por Falabella, ao lado de Maria Carmem Barbosa e Euclydes Marinho. No 'Vídeo Show&

Amor: não deixemos que...

Meu pai, certa vez, escreveu sobre por que o amor "morre" na beira da praia. O texto, que em seu título já anunciava o clamor do meu velho, trazia ensinamentos que, de tão profícuos, devem ser reproduzidos numa cartilha, para que sejam lidos a cada manhã, após o primeiro despertar dos corpos - e das almas. Ele, que escreve com a magia comum a poucos mortais, demora a produzir novos contos e novas crônicas. Sou sempre como um fã ansioso a cutucá-lo o ombro insistentemente, clamando por uma nova obra-prima. Mas o título deste último achado, se me lembro bem, era "amor: não deixe que morra". Entre as divagações do manuscrito, a que ficou marcada foi uma passagem em que o meu pai atribui ao término do amor conjugal a falta cotidiana de pequenos mimos, justamente estes os alicerces que dão segurança ao entrelaçamento dos corpos, que geralmente acontece sob o silêncio e a penumbra noturnos. Concordo com ele. E, agora mesmo, enquanto idealizo o parágrafo de baixo, recordo-

UP - ALTAS AVENTURAS

Eu deveria ter ido ver este filme quando ele saiu no cinema. Não tive tempo nem dinheiro e também nunca foi hábito meu ir ao cinema ver filmes infantis. É preciso antes de qualquer coisa ressaltar que ultimamente as animações não são direcionadas apenas para as crianças. A minha ideia hoje era postar um texto sobre o filme ‘Abraços Partidos’, mas ontem eu assisti ‘UP - Altas Aventuras’ e ele mexeu comigo. A película animada foi produzida pela Pixar Animation Studios. Os noventa e seis minutos de trama foram dirigidos por Pete Docter e produzido por Jonas Rivera. Todos esse nomes são desconhecidos do meu universo. Entretanto, o filme que eles conseguiram produzir possibilitou que eu conhecesse essas pessoas. O melhor de UP está no belo roteiro e ele foi feito por Pete Docter, Bob Peterson e Thomas McCarthy. A história é tão fantástica que ela sobrepuja a beleza das animações em 3-D. O filme conta a história de Carl Fredricksen (muito bem dublado por Chico Anysio). Com um recurso extraor

Futebol Baiano em 2010

Mais um ano de grandes emoções se avizinha para os grandes amantes do futebol, na Bahia. Logo no começo de Janeiro começa o Campeonato Baiano, tendo como principais favoritos ao título os rivais Bahia e Vitória. O Leão da Barra conquistou sete títulos dos últimos oito disputados, enquanto o Tricolor de Aço amarga oito anos sem um único troféu. Será esse o ano da mudança? Sem espaço na mídia nacional, o Campeonato Baiano tem o seu principal destaque na disputa ferrenha entre os dois maiores clubes de Salvador. Bahia e Vitória, que não viveram bons momentos em 2009, esperam grandes melhorias para o ano que se segue. Enquanto o Rubro-Negro investiu na reestruturação da diretoria do clube, o Bahia buscou manter a base do ano presente para não fazer feio em 2010. Com a demissão do conversador Jorge Sampaio, o Vitória foi atrás de Mauro Galvão, ex-jogador, e que hoje executa a função de gestor de futebol, visando a melhoria nas contratações, com o conhecimento do mercado do ex-jogador da sel

O NOVO ENEM

Estava lendo comentários ao Código Tributário Nacional. Era a viagem de ida ao trabalho. Estava concentrado, absorto, tentando realmente absorver o conteúdo para me sair bem na prova do concurso. Mas, como sempre, estava ligado em tudo o que se passava ao meu redor naquele cotidiano transporte coletivo. As duas pessoas sentadas atrás de mim falavam sobre a prova do Enem. Fui perdendo a concentração no que lia. Senti uma gastura – como diria minha avó. Era azia? Não sei bem, sei que era estranho. O tema do novo Enem estava me perseguindo. Tencionei escrever sobre ele quando soube do propósito do MEC em colocá-lo como vestibular nacional e único. Não sei por quais razões não levei adiante esta intenção. Depois ocorreu o trágico e inusitado vazamento da prova. Todo mundo falava nisso. Apesar de querer escrever sobre isso, acabei me abstendo. Enfim, chegou o dia da realização do tão esperado novo Enem. E eu mais uma vez estava muito envolvido: trabalhei como fiscal de sala, aplicando as pr

Oportunidade única

No mítico ano de 1835, explodiu um levante que ficou conhecido como a Guerra dos Farrapos, em que gaúchos foram às ruas para protestar contra o Governo Imperial brasileiro. O motim teve um resultado positivo, mas a República Rio-Grandense durou apenas dez anos – de 1835 a 1845. O Estado, que àquela época almejava tornar-se um País independente, até hoje mantém - ainda que timidamente - resquícios dos ideários (quase) separatistas de outrora. O tom libertário de hoje, no entanto, também pode ser notado em outro cenário: nas arquibancadas dos estádios de futebol da capital. É lá que os torcedores do Internacional e do Grêmio incentivam os seus times do coração com ritmos e cânticos que não são vistos em territórios tupiniquins adentro. E há de quem disser que eles ajudam a compor o time de torcidas organizadas do Brasil: eles querem ser reconhecidos como integrantes das barras bravas, exatamente como são chamadas as facções mais inflamadas dos clubes uruguaios e argentinos. Nisto, e apen

POR DENTRO DA CAIXA DE PANDORA

Mais uma operação da Polícia Federal. Seu nome: CAIXA DE PANDORA. Os resultados: corrupção, caixa dois, mensalão. Envolvidos: José Roberto Arruda (DEM) - governador do Distrito Federal , Paulo Octávio (DEM) - vice-governador, Durval Barbosa (o delator) - secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal e mais uma corja enorme de deputados distritais corruptos. E o que podemos aprender com tudo isso? Vamos começar pelo excêntrico nome da operação policial. Pandora é uma personagem da mitologia grega, considerada a primeira mulher, filha primogênita de Zeus. A famosa Caixa de Pandora era usada por ela para guardar lembranças e a sua mente. A tragédia aconteceu quando ela guardou lá um colar que seu pai havia dado a ela. A caixa não podia guardar bens materiais e por isso o colar foi destruído. Pandora entra em depressão e tenta dar fim na caixa, mas ela era indestrutível. Por fim, ela se mata, por não conseguir continuar vivendo carregando aquela maldição. Comumente, a expres