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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Março que me perdoe

Sim, fevereiro tem muito charme, sim, senhora. Tem ou não tem? Tem, tem sim, coisa feia seria dizer que não. Seria até aceitável, vá lá, se argumentasse que os seus onze semelhantes no que diz respeito ao tempo não exercem transformações tão profundas no calendário como ele o faz, que não furtam igualmente em seus percursos finais por durante três anos seguidos os aniversários dos outros e ainda que toda essa pantomima por ele provocada seria vilania de sua parte, ok, ok, mas veja bem, my lady, brisas serenas e animosidades como as de fevereiro não há, a dona há de comigo concordar. Abril, por exemplo, abril é um mês devastador: carrega o outono até junho, traz as chuvas, derruba barracos, desabriga semelhantes nossos, permite languidamente que nos sejam aviltantes a mercantilização opressiva da páscoa e ainda por cima, ainda por cima traz muita angústia, sim, traz, a senhora sabe muito bem que traz, ou vai dizer agora que nunca pensou em ver os seus 30 dias correndo com maior ligei

Domingão

Texto enviado por Danilo França Domingo normalmente é visto por muitos como um dia de veraneio. Dia de ir ao shopping, de sair com a namorada, de curtir um bronzeado à beira mar, de beber uma cervejinha com os amigos, de reunir toda a família para comer um churrasquinho, e é também um dia especial para quase todos os adeptos religiosos, pois utilizam deste dia para fazerem suas preces, visitarem as igrejas que congregam e consequentemente dedicarem devoções aos seus deuses ou ao seu único Deus. Enfim, o domingo de fato é um dia aproveitado e agradável a quase toda a população, digo quase, pois existem aqueles que neste garboso dia, trabalham. Algumas pessoas que se encontram neste último quadro são imprescindíveis, pois corroboram para com a garantia de um dia de paz, de harmonia, de alegria etc, como os policias, quando não estão em greve, é claro, mas essa é outra história. Sem mais protelações, direi de fato o que me leva a escrever. Falarei sobre o que leva o meu domingo a ser

Carta ao meu filho

O meu novembro passou, passou dezembro, janeiro foi célere por demais e já lá nos vem mais um Carnaval, bicho. A turistada desce por aqui de avião, de transatlântico e de tantos lugares outros quantos mais você possa imaginar. Contudo, mesmo os que ainda não vieram, com o mundo globalizado do jeito que está, a essa altura já sabem que não temos policiamento e muito menos governador. Venderão todos os seus abadás e a festa, Deus lhe ouça, pode ser que pela primeira vez não aconteça, mas seria ingenuidade minha por demais declarar abertamente nisso acreditar. A greve, filho, como não poderia deixar de ser, é política, e daí de cima você deve saber muito bem disso, a não ser que uma ou outra alminha feminina já ande por aí a lhe desviar a atenção, seu moleque, quando deveria o senhor moço estar a estudar a Terra e a aproveitar o lugar para carregar as energias com puritanismos, fraternidades e sentimentos recrudescentes outros que somente você, agora, no paraíso ou no poleiro em