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Mostrando postagens de outubro, 2011

Um louco em Itapuã

Diz-se acima de tudo, apesar de haver discordâncias, que ele foi até lá só para ouvir o mar e para sentir o tal do arrepio tão insistentemente melodiado por Caetano. Os circunstantes teriam demorado a notá-lo: ele teria passado grande parte do tempo escondido sob um jornal. A manchete, parece, aludia ao início do horário de verão. Diz-se que ele se encantou com o mar e tirou foto com a famigerada sereia. Burburinhos por aí dizem que ele teria ficado feito um besta, um bobão, contemplando o sol dourando as bundas e admirando os banhistas imergindo n'água e emergindo d'água. Diz-se também, mas ninguém dá conta de provar, que ele beijou o rosto de Cira e lhe confessou com baixa voz ter degustado ali o melhor acarajé da Bahia, perguntando-lhe em seguida qual a procedência daqueles camarões gigantes e, antes mesmo que ela interrompesse o sorriso para responder, emendando com um inquerimento sobre se a cerveja por ali era de fato gelada, porque teria ele muito interesse em se dedicar