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Mostrando postagens de janeiro, 2010

SHERLOCK HOLMES – um filme para toda a família

Costumo expressar em meus textos o enorme valor do papel da família. E nessa postagem, além de avaliar a película, quero relatar os fatos ocorridos na ida ao cinema. Foi um programa familiar, inusitado até eu diria. A ideia foi de minha mãe. Estavam presentes eu, meu pai, minha mãe, minha esposa e minhas duas irmãs. Família reunida, fomos para o shopping. Lá, o choque de gerações se mostrou rapidamente. Meu pai, que era o financiador do passeio, queria ver 'Lula – o filho do Brasil'. E somente ele queria. O restante deseja ver o tão falado ' Sherlock Holmes'. Minha mãe chegou a se oferecer para assistir junto com meu pai e separar assim o grupo. Não gostei muito da ideia. Afinal, meu pai estava bancando tudo. Disse que também assistiria o filme de Lula, até porque realmente pretendia ver esse filme para postar sobre ele aqui no blog. Minhas irmãs logo chiaram. No final das contas, todos fomos ver Sherlock Holmes. Era a última sessão e estava lotada. A família sentou-se

QUASE...

A paroxítona expressa no título desse texto me persegue. Quando reflito com coerência, percebo que, na verdade, invariavelmente, ela atormenta a todos. O fato é que estou precisando desabafar. Há uma urgência para o meu grito. Estou buscando os vocábulos adequados, esquematizando as ideias e pondo a mão na massa. Esse texto precisa sair; meu Deus, ele não pode ser um 'quase texto'. Não gosto de justificar argumentações com base nos instintos. Entretanto, preciso começar dizendo que o homem só gosta de vencer. Isso não é óbvio? Perder não faz parte da nossa natureza! Ouvi o meu interior bramando, lembrando-me que nas frustrações é que obtemos aprendizado, experiência e um eficaz crescimento. Mas ainda não me satisfaz. O nosso maior alvo continua sendo o prêmio final. Não há beleza em ser vice. O primeiro lugar é sempre um objetivo fixo. Em alguns casos, esse primeiro lugar varia conforme a meta estabelecida; mas a regra prevalece: seria melhor estar no topo da lista. Acordamos e

A ARTE DE LER – 100% TEXTO DO INTITULÁVEL

“É certo que, a praticar desse modo a leitura como arte, faz-se preciso algo que precisamente em nossos dias está bem esquecido – e que exigirá tempo, até que minhas obras sejam 'legíveis' -, para o qual é imprescindível ser quase uma vaca e não um homem 'moderno': o ruminar ...” FRIEDERICH NIETZSCHE, em Sils-Maria, em julho de 1887 A minha ideia inicial era escrever um texto sobre o 'ato de ler', dando continuidade aos textos já postados: 'o ato de pensar' e 'o ato de escrever'. Mas refletindo sobre a temática, concluí que a leitura é algo muito superior a um simples ato. E tive a certeza ao me deparar com o discurso expresso acima, lendo o prólogo de Genealogia da Moral, livro do próprio Nietzsche. O ato de ler é trivial. Não quero retirar a beleza do processo de alfabetização de uma pessoa. Mas, infelizmente, apenas aprender a ler não é suficiente. Como diz Mário Quintana, o

HAITI: UM PAÍS DE CONFLITOS, MISÉRIAS E CATÁSTROFES

Estamos todos consternados com o ocorrido nos últimos dias. Um fortíssimo terremoto, com magnitude 7 e com epicentro próximo a Porto Príncipe, devastou o Haiti e abalou o mundo. O forte tremor derrubou prédios públicos, hospitais e até o palácio presidencial. A comunicação foi duramente afetada e ainda não é possível mensurar o tamanho da tragédia. O Haiti é um pequeno país da América Central, localizado nas Antilhas. Foi descoberto por Cristovão Colombo em 1492. Foi colonizado pelos espanhóis e, como no Brasil, tinha uma economia agrícola sustentada pela mão-de-obra escrava. É o primeiro país latino a se tornar independente e também a primeira república proclamada por negros. Houve muita guerra civil e o rancor dos negros os fez dizimar a população branca da ilha. As histórias sangrentas marcam o povo haitiano até hoje. Devido a inúmeros conflitos políticos, a ONU decidiu intervir visando a paz internacional e a segurança na região. O Brasil foi responsável por liderar a MIF (Força Mu

Página branca

Dentre os meus medos mais secretos, toca-me sempre o peito a página branca, que, um pouco antes de nascer este texto, voraz, aguardava mais uma vez pelo derramar das minhas palavras mais insólitas. É ela quem, em sua imensidão e profundidade, convida-me sempre para mais uma conversa uníssona, escondendo em seu silêncio cada vocábulo que o “backspace”, a cada toque no teclado, impede que seja publicado. Imagino-a absorta em seu mundo, cuja aura abriga os grandes poetas e os mais renomados escritores, aqueles a quem, vai saber, certamente submeto a minha gramática e ponho sob avaliação a minha cultura. Mas, confesso, temo mais à página branca por ser ela a ouvinte e a detentora dos meus segredos. Durante o percurso, uma ligação. A madrugada, então, se junta à minha confidente naquilo que parece ser uma dança do silêncio e presta-se a ouvir a conversa, convidando-me a mudar o enredo deste escrito, uma vez que os olhos já não escondem a tristeza e a seriedade dos lábios já prenunciam o nas

RETROSPECTIVA INTITULÁVEL 2009

Hoje já é o sexto dia do primeiro ano da segunda década do terceiro milênio. O meu texto está obviamente atrasado. Prezo pela pontualidade, mas dificuldades me impediram de postar esse texto no momento adequado. Entretanto, acho ainda necessário fazer uma breve reflexão sobre os textos postados ao longo do ano de 2009. Não vou fazer aqui uma retrospectiva dos fatos históricos e jornalísticos que marcaram o Brasil e o mundo. Não! Vocês já viram esse retrospecto na Globo, Bandeirantes ou Record. No balanço final, sessenta e nove textos foram postados no Intitulável ao longo de 2009. Foi um ano profícuo: uma média de um texto a cada cinco dias. Janeiro começou com a "CRÔNICA DA VIRADA", que trouxe um alto índice de comentários, que analisaram as comemorações de reveillon. Parecia ser uma postagem com o pé direito em 2009. O mês foi muito produtivo e teve um total de sete postagens, mas é preciso destacar o texto "ELES ESTÃO DE VOLTA", que agregou novas seguidoras do In