Honestamente, não tenho pretensão nenhuma mesmo. Tanto é que nem tentarei parecer loquaz. Apenas me deu uma vontade de dar um recado: só quero dizer que amo a nossa existência. Quero só celebrar a nossa existência. Não quero divagar muito, mas quero me referir à existência atemporal. Fazer referência ao ato de ter existido, talvez. À possibilidade pouco exaltada que temos de respirar e de testemunhar a luz. E de testemunhar as cores, as famílias, os amigos, as comidas, o ar, a água, tudo. Eu não quero gastar muitas palavras pra fazer isso, não. Possa ser que eu tenha sentido uma paz divina, possa ser, vá lá. Mas possa ser também que tenha sido só um despertar da consciência, dessas coisas de alma e de energias, e aí talvez fosse necessário invocar os pensadores gregos todos que tentaram entender a nossa essência. Mas não. Só um paragrafinho mesmo. Escrevi porque estava aqui folheando um álbum de fotografias, vendo eu e meus irmãos congelados em imagens coloridas. Nós uns meninos ainda, sem vergonha nenhuma olhando para a câmera. Eu estava aqui agradecendo secretamente por ter sido menino um dia. Eu celebrei essa dádiva e só queria confessar isso a vocês. Hoje é seis de abril e um dia aparentemente sem significação. Possa ser que isso seja só um rabisco num diário, vá lá. Mas tá aí, tá registrado. É bom existir, ou é bom acreditar que existo.
Vivemos em um mundo altamente egoísta. São raras as ações de humanitarismo e solidariedade. Por isso mesmo, elas merecem grande destaque. São poucos os relatos de pessoas que abandonam o seu cotidiano e a sua comodidade para contribuírem para o bem-estar do próximo. A “personalidade da semana” do INTITULÁVEL é uma dessas exceções da sociedade hodierna. Edméia Willians nasceu em Santarém, interior do Pará. Entretanto, sua família migrou para Salvador, na Bahia, onde ela passou a maior parte de sua vida. Aqui ela cresceu, realizou seus estudos, se casou, constitui família e obteve os bacharelados em Pedagogia, Filosofia, Psicologia e Música. A sua vida era normal, como de muitos. Passou a morar no Rio de Janeiro, devido ao emprego de seu marido. Chegou até a morar no Iraque, ainda na época de Sadan, também por motivos profissionais relativos ao seu esposo. Tudo transcorria normalmente até que duas tragédias mudaram a história de sua vida. Em um período muito curto, Edméia perdeu o seu es...
Comentários
"À duração da minha existência dou uma significação oculta que me ultrapassa. Sou um ser concomitante: reúno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios."
Aguardo ansiosamente por mais textos.
Um beijo