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Natal


Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.Lucas 2:11


E o natal fez renascer o escritor que há dentro de mim. Essa época tão festiva e eufórica, de ruas apinhadas de gente, me motivou a fazer o que tanto gosto, mas que há muito tempo não fazia. E não foi apenas o tema natalino que me animou, embora assuntos não faltem. Independentemente de crença, de religião, de posicionamento doutrinário, é impossível não reconhecer a força do Natal, período que os homens relembram o nascimento de Cristo, para os que creem, e celebram com festividade, amor e solidariedade. Um crítico sagaz me lembraria logo do natal comercial, recheado de consumismo, exploração do trabalhador e caos nas ruas. Ele não estaria errado. Mas eu não posso achar simplório o fato de um nascimento há cerca de dois mil anos atrás mobilizar quase o mundo inteiro atualmente. Eu preciso me render a força viva e social que é o Natal. Muitos dirão e provarão que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Eu concordo e até acredito nessa tese, mas isso não me impede de achar este dia deslumbrante. Aos que pensam assim, quando mesmo vocês celebram o nascimento de Cristo? Ah, como não sabem a data, se omitem o ano inteiro. Entendi bem! A crítica ao comércio, à gula e à frugalidade são muito constantes também. Mas é o comércio que movimenta a economia, gera empregos, produz renda e riqueza. Todos somos beneficiados pelo 'boom' do Natal, obviamente uns mais e outros menos. Se a festa tem caráter religioso ou não, não muda o fato social que ela transmite. Sei que milhares de família se reúnem, presos recebem indultos (esse assunto também dá um bom texto) para presentearem filhos, mães e esposas com sua presença, diversas ações sociais são realizadas. Paro aqui para refletir sobre algo que sempre critiquei. Lembro-me bem das campanhas tipo 'Natal Sem Fome' e 'Quem tem fome, tem pressa'. Eu achava hipocrisia achar que as pessoas só sentiam fome no Natal, achava que esse momento natalino era apenas fachada, pura falsidade, um moralismo irritante embutido de um solidarismo fajuto. Acredito hoje que eu estava equivocado. É óbvio que os necessitados de pão, o são o ano inteiro. Isso não mudou. Mas é fato incontestável que, no período natalino, os homens amenizam um pouco do sofrimento de muitos. O fato de não ajudar ninguém o ano todo não torna ruim a ação de ajudar no Natal. Pelo contrário. Bom seria se todos os dias do ano nós nascêssemos de novo. Sim, nascer de novo, esse é o sentido do Natal para mim. E nascer de novo pressupõe reflexão e mudança. Esse é um momento único de confraternização, de partilhar, de entender que 'dar' é muito melhor que 'receber'. Já escrevi tempos atrás sobre o ano novo, com uma aspereza sem igual. Não me arrependo, mas sei que teria muita coisa pra rever. Essa é a beleza da vida – o aprendizado. Desejo nesse Natal que as famílias possam estar reunidas. Sim, juntas. Não apenas presencialmente, mas íntimas, ligadas, harmônicas. Em tempos de violência e de degradação da família, não há nada melhor que ver famílias abençoadas, que caminham no mesmo sentido, que comemoram seus sucessos e lamentam seus infortúnios em união. É tempo de nascer de novo! Deixe hoje Jesus nascer em você! Mas mesmo se você não crer nEle, transforme-se! Use esse momento especial para amar, abraçar, beijar, presentear, sorrir, fazer sorrir, ser transformado e transformar. Que o Natal seja de benção, de paz e de muito amor. Que o amor de Deus, ágape, incondicional, que O fez entregar seu Filho Jesus na cruz por nós, habite em nossos corações e reine em nossos lares. Feliz Natal!

Comentários

Rafael França disse…
Apesar das importantes ponderações sobre o que cerca essa data simbólica, o texto ficou leve e você transmitiu muita paz, amigo.

Que assim seja.

Feliz natal, brother.

RF
wenonajaenicke disse…
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