Hoje
é o dia do escritor, logo parabéns a todos nós. E após tantas
semanas em branco, nada como escrever para homenagear os que
desempenham essa bela tarefa. Tarefa ou profissão? O que caracteriza
o profissional da escrita? Seria ser remunerado por isso? Essa é,
sem dúvida, uma discussão exaustiva, mas seus resultados são pouco
profícuos. O fato é quem escreve é um artista: seja ele um
blogueiro, um cronista, um contista, um poeta, um compositor musical,
um romancista ou um jornalista. É óbvio que cada um usufrui das
benesses da caneta e do papel ( hoje mais do teclado e do monitor)
para o fim a que se propõe. À sua maneira, todos contribuem para o
mundo da escrita. Mas quero falar de escrever no sentido literário,
o mais considerado como essência genuína. O poeta Pessoa já ecoava
dizendo que a literatura é a maneira mais agradável de ignorar a
vida. Assim, tudo que se escreve não deve necessariamente ser
explicado. Ubaldo Ribeiro, um dos maiores escritores da atualidade,
corrobora essa tese, visto que variadas vezes rejeita as elucubrações
de críticos literários sobre suas obras. Ele segue a linha do
pensamento de Quintana: “Quando alguém pergunta a um autor o que
este quis dizer, é porque um dos dois é burro.” Palavras são
pérolas, na acepção de Goethe, e obviamente não podem ser jogadas
aos porcos. A palavra é a mais fina das relíquias, no dizer de
Thoreau. E é a disposição adequada dessas jóias que desemboca em
textos maravilhosos. A escrita é a única forma perfeita de tempo -
é indescritível e incomparável. E os operadores da escrita são
os instrumentos para disseminar cultura, conhecimento, fantasia,
filosofia, ficção e ideologia. Como seria o mundo sem a escrita?
Seria um mundo sem história, indubitavelmente. Mas aqui estamos nós,
que somos parte integrante da história e exploradores dessa
brilhante ferramenta. Se toda arma de fogo do mundo fosse substituída
por um livro, viveríamos a revolução da paz e do conhecimento.
Vamos, pois, escrever nossa história, no dia-a-dia e no papel.
Coloquem seus mundos no papel e terão tudo ao alcance da mãos.
PARABÉNS, mais uma vez, a todos nós, artesãos dos verbetes.
Vivemos em um mundo altamente egoísta. São raras as ações de humanitarismo e solidariedade. Por isso mesmo, elas merecem grande destaque. São poucos os relatos de pessoas que abandonam o seu cotidiano e a sua comodidade para contribuírem para o bem-estar do próximo. A “personalidade da semana” do INTITULÁVEL é uma dessas exceções da sociedade hodierna. Edméia Willians nasceu em Santarém, interior do Pará. Entretanto, sua família migrou para Salvador, na Bahia, onde ela passou a maior parte de sua vida. Aqui ela cresceu, realizou seus estudos, se casou, constitui família e obteve os bacharelados em Pedagogia, Filosofia, Psicologia e Música. A sua vida era normal, como de muitos. Passou a morar no Rio de Janeiro, devido ao emprego de seu marido. Chegou até a morar no Iraque, ainda na época de Sadan, também por motivos profissionais relativos ao seu esposo. Tudo transcorria normalmente até que duas tragédias mudaram a história de sua vida. Em um período muito curto, Edméia perdeu o seu es...
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Um forte abraço!
RF