Topei com Rafael, meu melhor amigo do colégio, num Shopping Center de Salvador. Reconhecemos-nos de imediato. Dei-lhe um abraço e lhe parabenizei pelos feitos passados de sua perna esquerda, que, agora eu sei, hoje não faz mais do que alternar os passos com a sua perna direita, nas indispensáveis caminhadas suas de cada dia. Meu velho amigo me sorriu e me disse, surpreendentemente entusiasmado, que está estudando jornalismo, conforme ele planejara em todos aqueles anos. Eu fui testemunha desta sua luta, embora, depois de terminado o terceiro ano, nós tenhamos nos tornado apenas bons amigos de raros telefonemas e de escassas resenhas. A perna esquerda do Rafael, ou do França, como ele era chamado por causa do seu nome de guerra, era mesmo mágica, naqueles tempos nossos dos tão aguardados campeonatos internos, que aconteciam geralmente nos meados dos outubros de cada ano letivo. Disputávamos com condições de igualdade em todos os anos estes tais campeonatos do colegial, mesmo quando ...
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