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Por uma sociedade ecologicamente consciente...




Não sou um ambientalista inveterado, mas tenho consciência que o homem está progressivamente destruindo a natureza. Logo que o acidente da British Petroleum (BP) ocorreu, pensei em fazer um texto crítico sobre o ocorrido. A BP é uma empresa multinacional, sediada no Reino Unido, que atua na exploração petrolífera. No dia 23 de maio de 2010, a BP, por intermédio do seu diretor de gestão, reconheceu o vazamento de petróleo causado pelo afundamento de uma plataforma petrolífera operada pela companhia no Golfo do México, após uma explosão que vitimou 11 trabalhadores. A catástrofe ambiental foi amplamente divulgada no mundo. Esse tipo de acidente não é novidade no processo de extração de petróleo, mas nesse caso particular, os números foram exorbitantes. Cerca de 95 mil barris diários de petróleo estavam sendo despejados no mar. Foram inúmeras as tentativas de conter o vazamento, mas dois meses após o ocorrido, a BP apenas conseguiu reduzir o volume de petróleo lançado no mar. A área da mancha de petróleo aumentou vertiginosamente, causando incontáveis danos às populações marinhas e às espécies costeiras na região. O vazamento ameaça a exploração de peixes e camarões na região, assim como áreas pantanosas com sua vida selvagem, tornando-se o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos. Já usaram barreiras, cones, tubos, robôs, tecnologias diversas, mas o mal já está feito. O governo dos EUA decidiu suspender a perfuração de novos poços de petróleo em áreas da costa do país até que sejam concluídas investigações sobre o vazamento. O ser humano se acha suficientemente capaz de explorar as riquezas naturais ao seu bel-prazer. A natureza, aparentemente inerte, irá reagir. Pelo menos, é o que sugere a teoria da revolta de Gaia, proposta pelo cientista James Lovelock. Quando iremos cuidar do planeta? Quando a humanidade perceberá que está rumando à destruição total da vida natural? Vem aí a exploração da camada Pré-Sal no Brasil e, infelizmente, temos que temer sim. O povo precisa compreender o seu papel de fiscalização. A sociedade precisa estar alerta, criar consciência ecológica e deve pressionar o Estado a realizar políticas públicas de preservação ambiental.

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