Eric Carmem sobreviverá - não me perguntem como. Sei apenas que a sua voz permanecerá tocando os corações: será com “all by myself” que Charlize Theron me esperará em seu camarim, quando as gravações do seu primeiro longa filmado no Brasil derem uma pausa, em 2017. Nós teríamos marcado uma entrevista, há dois meses. Nós, do The New York Times, digo. Como enviado especial, eu seria mandado de volta à minha terra. O Brasil conseguiria, enfim, tornar-se uma potência econômica. Entraria para o seleto time do primeiro mundo. Do lado de fora, os carros poderiam ser vistos pelas janelas, voando velozes a qualquer destino. A fumaça e o CO2, graças às novas tecnologias, já não mais poluiriam o planeta. A onda verde venceria. O mundo tornar-se-ia sustentável. Para resumir: o mundo estará bem, eu estarei engravatado, galante, e Charlize Theron, ah, Charlize continuará linda. A cena parecerá clássica ao leitor. E poderá lhe sobrar a sensação de que o cinema já a reproduzira antes....
Prazer em ler...