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A IMPORTÂNCIA DO SONO



Quando paramos para refletir que passamos cerca de um terço da nossa vida dormindo, podemos ter uma ideia da importância do sono. O ato de dormir é necessário à perpetuação da vida. O momento do sono nos propicia a quase total inércia orgânica. Entretanto, dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico, mas uma imperiosa contribuição ao desenvolvimento do metabolismo. O corpo, apesar de inerte, continua realizando inúmeras operações biológicas. Por isso, não iremos jamais encontrar alguém que nunca dorme - isso não é possível para o homem. Mas frequentemente conhecemos pessoas que têm muita dificuldade para dormir, o que também é um enorme problema. Em regra, quem dorme menos que o necessário tem menos vigor físico, envelhece mais rápido e está mais sujeito a infecções, bem como à obesidade, à hipertensão e ao diabetes. As pessoas que não têm continuamente uma boa quantidade e qualidade de sono sofrem invariavelmente com problemas de saúde. Mas qual é o tempo mínimo de sono diário?

A maioria considera que 8 horas diárias é essencial e suficiente. Na verdade, esse valor não é fixo, pois varia conforme a faixa etária. Assim, as crianças devem dormir de 9 a 11 horas, os adolescentes de 8 a 10 horas e os adultos de 7 a 9 horas. Comumente, encontramos idosos que dormem menos de 8 horas contínuas, mas se sentem bem com o período de descanso. Cada ser humano é único e por isso tem suas peculiaridades. Apesar da ciência generalizar alguns aspectos do sono, nem todos são válidos indiscriminadamente. Tive um colega de faculdade que precisava dormir diariamente 8 horas por dia - e ponto. Se ele dormisse dez minutos a mais ou a menos, o dia para ele não era o mesmo e ele não se sentia bem. Parecia incrível isso para mim! Eu tinha um sono muito regular na minha infãncia e início de adolescência, que ainda se complementava com cochilos e sonecas ao longo do dia. Com a faculdade, o estágio e o trabalho acontecendo simultaneamente tudo isso acabou. Passei a dormir muito pouco. Épocas de prova então - quase não dormia. O meu corpo inicialmente sentiu muito a queda drástica do meu tempo de sono. Aos poucos, ele começou a se acostumar. Assim, seis horas de sono começaram a ser suficiente para passar o dia sem desânimo e dores de cabeça. Mas isso é correto? Eu mesmo acredito que não. O ideal mesmo é dormir diariamente, no mínimo, umas sete horas. Eu ainda tenho uma enorme dificuldade, hoje, de cochilar de dia. São raras as vezes em que isso aconteceu. Foram casos extremos, quando eu já estava há dias sem praticamente dormir. Não há dúvidas de que o nosso corpo precisa de cuidado. O estresse cotidiano, as atividades diárias, o vício da internet e o da televisão têm contribuido para esse mal dormir generalizado. É preciso ressaltar também que existem casos onde a pessoa sofre realmente de insônia. Ela precisa ser tratada, pois existem variados fatores que geram este mal.

O apelo do texto de hoje tem o objetivo de levar cada leitor a uma reflexão. Como é o seu dia-a-dia? Como está o seu corpo? Você sente que vive bem? Até quando você quer viver? Não esqueça que o sono é um fator preponderante para todas estas respostas. Mas eu sei que existem também os dorminhocos! Aos que dormem em excesso: é hora de despertar para a vida. Saibam que o exagero também é prejudicial. Precisamos ter um sono equilibrado, para garantirmos nossa saúde básica e podermos, assim, enfrentar as vicissitudes que o mundo moderno nos impõe.

Comentários

Anônimo disse…
Nossa... pior é que eu sei disso e teimo em dormir pouco. :/

Valeu pela dica, até!
Rafael França disse…
Texto muito bom, parceiro. Me fez refletir. Tenho oscilado muito, ultimamente. Durmo pouco durante a semana e me vingo sempre aos sábados e domingos, quando somente o sol do meio-dia encontra-se com os meus olhos abertos. Mas sei dos prejuízos que este descompasso poderá me causar e, confesso, já os sinto manifestar-se diariamente. É a rotina. Dura rotina. Um abraço, irmão.


RF

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