Quem já viu a comédia Click, com Adam Sandler, vai logo lembrar daquele mágico controle que tinha o poder de controlar a vida. Mas não é bem isso que eu quero dizer. A ideia de um controle poderoso é quase inevitável para qualquer criança que tenha nascido na era digital. Também já sonhei com estes aparelhos magnifícios. Mas o meu desejo era outro e eu tinha um objetivo precípuo.
Com o avanço da teconologia, aumentou a ignorância e a falta de educação - pelo menos aqui na Bahia. É corrente por aqui o total desrespeito pelo próximo. Hoje, por exemplo, como em quase todos os dias, tive que vir escutando inímeras músicas bizarras no trajeto de casa para o trabalho, que faço num ônbus coletivo. As pessoas aqui acham que todos tem que ouvir o que elas estão a escutar - principalmente, as porcarias. Cresci vendo as arbitrariedades de pessoas assim no bairro periférico que moro. Sempre odiei os potentes sons colocados nos carros. Os finais de semana eram sempre barulhentos, ensurdecedores e insuportáveis. Na minha mente infantil, surgiu uma ideia. Achei que seria capaz de fazer um controle que emitisse ondas eletromagnéticas potentes e pudesse danificar o aparelho de som dos carros, sem que ninguém percebesse. Essa ideia persistia em minha mente. Esse desejo, acredito eu, me levou até a começar um curso técnico de eletrônica e a tentar o vestibular para Engenharia Elétrica. Eu acabei despertando e verificando que o meu super controle era uma realidade impossível. Apesar disso, ainda acho mais fácil surgir um aparelho dessa natureza do que a população baiana se tornar educada e respeitar o direito do vizinho.
Não é preciso nem falar que o ruído estrondante que sai dos carros desses ignorantes´quase não tem letra alguma - ou seja, é pagode. A origem do termo 'pagode' é antiga. Representava a festa ao deus Dionísio na cultura greco-romana. Era na verdade um bacanal com muita glutonaria, sensualidade e orgia. Ou seja, o nome foi bem designado na música popular baiana, pois só o que ela tem é isso. O pagode aqui promove a sensualidade, a promiscuidade, a traição, a gravidez na adolescência e o culto ao corpo. As letras dessas músicas são sempre monossilábicas e com versos repetitivos, para que o povão fixe bem na memória os 'sucessos'. Antigamente, as letras eram ambíguas e com conotações sexuais. Hoje elas estão explícitas! E assim caminha o povo baiano.
Eu, como baiano frustrado que sou, preciso ouvir tudo isso todos os fins de semana e ainda no ônibus durante a semana. Não adianta fechar a casa, colocar algodão no ouvido, ligar o seu som nas alturas. Não dá para competir com os trios elétricos ambulantes que existem nos carros hoje em dia. Quem quer paz, ou ouvir o seu som em sua casa sabe bem do que eu estou falando. O restante da população, normalmente ébria, desrespeita a moral, a ética e o silêncio. Termino triste esse post, porque sei que essa é a cultura da minha terrinha. Essa é a estupidez humana. Só tem um jeito para mim: VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA!
Com o avanço da teconologia, aumentou a ignorância e a falta de educação - pelo menos aqui na Bahia. É corrente por aqui o total desrespeito pelo próximo. Hoje, por exemplo, como em quase todos os dias, tive que vir escutando inímeras músicas bizarras no trajeto de casa para o trabalho, que faço num ônbus coletivo. As pessoas aqui acham que todos tem que ouvir o que elas estão a escutar - principalmente, as porcarias. Cresci vendo as arbitrariedades de pessoas assim no bairro periférico que moro. Sempre odiei os potentes sons colocados nos carros. Os finais de semana eram sempre barulhentos, ensurdecedores e insuportáveis. Na minha mente infantil, surgiu uma ideia. Achei que seria capaz de fazer um controle que emitisse ondas eletromagnéticas potentes e pudesse danificar o aparelho de som dos carros, sem que ninguém percebesse. Essa ideia persistia em minha mente. Esse desejo, acredito eu, me levou até a começar um curso técnico de eletrônica e a tentar o vestibular para Engenharia Elétrica. Eu acabei despertando e verificando que o meu super controle era uma realidade impossível. Apesar disso, ainda acho mais fácil surgir um aparelho dessa natureza do que a população baiana se tornar educada e respeitar o direito do vizinho.
Não é preciso nem falar que o ruído estrondante que sai dos carros desses ignorantes´quase não tem letra alguma - ou seja, é pagode. A origem do termo 'pagode' é antiga. Representava a festa ao deus Dionísio na cultura greco-romana. Era na verdade um bacanal com muita glutonaria, sensualidade e orgia. Ou seja, o nome foi bem designado na música popular baiana, pois só o que ela tem é isso. O pagode aqui promove a sensualidade, a promiscuidade, a traição, a gravidez na adolescência e o culto ao corpo. As letras dessas músicas são sempre monossilábicas e com versos repetitivos, para que o povão fixe bem na memória os 'sucessos'. Antigamente, as letras eram ambíguas e com conotações sexuais. Hoje elas estão explícitas! E assim caminha o povo baiano.
Eu, como baiano frustrado que sou, preciso ouvir tudo isso todos os fins de semana e ainda no ônibus durante a semana. Não adianta fechar a casa, colocar algodão no ouvido, ligar o seu som nas alturas. Não dá para competir com os trios elétricos ambulantes que existem nos carros hoje em dia. Quem quer paz, ou ouvir o seu som em sua casa sabe bem do que eu estou falando. O restante da população, normalmente ébria, desrespeita a moral, a ética e o silêncio. Termino triste esse post, porque sei que essa é a cultura da minha terrinha. Essa é a estupidez humana. Só tem um jeito para mim: VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA!
Comentários
Um abraço,
RF
O super controle remoto é tão utópico quanto a minha pasárgada, mas ainda acredito que existem lugares mais condizentes a minha estadia terrena.
Um abração
O pessoal não tá nem aí se você quer silêncio, tranquilidade e, ao menos, respeito.
Já deixei de ficar sentado no fundo do ônibus, pra ficar em pé na frente, só pra evitar esse som.
Infelizmente, Tiago, além de morarmos em SSA, moramos na suburbana, onde a ignorância do povo é consideravelmente maior que a dos moradores da cidade alta.
Ah! Também estou na lista de emprestimos do controle remoto, viu?!
Um abraço!
O pior de tudo é que as músias que ouvimos o dia todo fica na cabeça, Às vezes me pego cantando terchos...rs e olhe que odeio esses pagodes que degrinem a imagem da mulher.
E pra quem pensa que ser amigo do rei é pouco, more em Coutos.rs
Vou-me embora pra Pasárgada!!!