Estamos todos consternados com o ocorrido nos últimos dias. Um fortíssimo terremoto, com magnitude 7 e com epicentro próximo a Porto Príncipe, devastou o Haiti e abalou o mundo. O forte tremor derrubou prédios públicos, hospitais e até o palácio presidencial. A comunicação foi duramente afetada e ainda não é possível mensurar o tamanho da tragédia.
O Haiti é um pequeno país da América Central, localizado nas Antilhas. Foi descoberto por Cristovão Colombo em 1492. Foi colonizado pelos espanhóis e, como no Brasil, tinha uma economia agrícola sustentada pela mão-de-obra escrava. É o primeiro país latino a se tornar independente e também a primeira república proclamada por negros. Houve muita guerra civil e o rancor dos negros os fez dizimar a população branca da ilha. As histórias sangrentas marcam o povo haitiano até hoje. Devido a inúmeros conflitos políticos, a ONU decidiu intervir visando a paz internacional e a segurança na região. O Brasil foi responsável por liderar a MIF (Força Multinacional Interina), composta de cerca de 6700 homens de diversas nacionalidades.
No dia 12 de janeiro de 2010, aconteceu a fatídica catástrofe. Somado ao primeiro e intenso terremoto, houve réplicas de menor magnitude. O tremor foi sentido em Cuba, Jamica, Bahamas e na República Dominicana. O número de mortos ainda não tem como ser divulgado, mas a Cruz Vermelha acredita que pelo menos 45 mil pessoas faleceram e que existe cerca de 3 milhões de feridos e desabrigados. Há muita destruição. Há um clima de comoção e de insegurança, pois novos tremores de menor intensidade voltaram a ocorrer.
O Brasil também teve suas baixas nesse episódio. Já foram confirmadas onze mortes de militares brasileiros e uma civil: Zilda Arns. Ela é a fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança. Médica pediatra e sanitarista, dedicou sua vida buscando salvar crianças pobres da violência e da desnutrição. Recebeu diversos prêmios e chegou a ser indicado para o Nobel da Paz. Ela estava no Haiti em missão humanitária. Ela tinha acabado de realizar uma palestra numa igreja, quando o tremor começou. Ela não foi soterrada, mas escombros atingiram a sua cabeça e ela acabou falecendo. A lista de brasileiros mortos ainda pode aumentar, pois ainda exitem militares desaparecidos.
As ajudas começaram. O Brasil doou 15 milhões de reais e 14 toneladas de alimentos para ajudar o país. O momento é de solidariedade. Os países ricos precisam ajudar. O Haiti está tristemente destruído. Há uma consternação em toda a humanidade. Fica em nós uma enorme sensação de impotência frente à natureza. Somos felizes aqui por não termos terremotos? Não dá para dizer, pois na semana anterior um terremoto de proporções moderadas ocorreu no Rio Grande do Norte. O clima está mudando e o homem está sentido, impiedosamente, a recompensa pelos seus atos.
Comentários
Que todo o mundo possa ajudar o Haiti!
BjO*
Parabéns pelo texto!
RF