Mais uma operação da Polícia Federal. Seu nome: CAIXA DE PANDORA. Os resultados: corrupção, caixa dois, mensalão. Envolvidos: José Roberto Arruda (DEM) - governador do Distrito Federal , Paulo Octávio (DEM) - vice-governador, Durval Barbosa (o delator) - secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal e mais uma corja enorme de deputados distritais corruptos. E o que podemos aprender com tudo isso?
Vamos começar pelo excêntrico nome da operação policial. Pandora é uma personagem da mitologia grega, considerada a primeira mulher, filha primogênita de Zeus. A famosa Caixa de Pandora era usada por ela para guardar lembranças e a sua mente. A tragédia aconteceu quando ela guardou lá um colar que seu pai havia dado a ela. A caixa não podia guardar bens materiais e por isso o colar foi destruído. Pandora entra em depressão e tenta dar fim na caixa, mas ela era indestrutível. Por fim, ela se mata, por não conseguir continuar vivendo carregando aquela maldição. Comumente, a expressão “Caixa de Pandora” é utilizada para fazer referência a algo curioso, mas que se convém não mexer, sob pena de acontecer uma catástrofe. Aparentemente, a Polícia Federal usou de muita sagacidade na escolha do nome da operação. A Caixa de Pandora só continha bens abstratos, enquanto o Caixa de Arruda tinha muito dinheiro de origem ilícita, oriundo de caixa dois, dinheiro esse utilizado para financiar um esquema de mensalão pago aos deputados distritais.
O último governador do Democratas está prestes a cair. Sim, pode acreditar. O DEM, antigo PFL, só elegeu um governador na última eleição. E ele, Arruda, está prestes a perder o cargo por mais um escândalo. A população está revoltada. Já existe uma onda de protestos “Fora Arruda”. Será que, como Sarney, ele resistirá? Acho e espero que não. Já chega de corrupção e impunidade. Mas somos culpados e precisamos assumir a nossa parte nesta pouca vergonha. Como? Não me entendeu? Vou explicar. Arruda, junto com Antônio Carlos Magalhães, renunciou ao seu cargo de senador em 2001. Ambos estavam envolvidos na quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado. Renunciaram para fugir da cassação e ambos voltaram ao palco eleitoral. Eu até entendo, apesar de não aceitar, a razão da popularidade de ACM na Bahia e de Sarney no Maranhão. Entretanto, fico mais triste ainda ao ver a população do Distrito Federal eleger alguém manchado como Arruda. A cara do DEM é a mesma do PFL; mudou o nome, mas a ideologia é a mesma. Mas sabemos que a corrupção não é privativa do DEM, ela está presente, infelizmente, em quase todos os partidos políticos. E olhe que a minha vontade agora foi de dizer que ela está presente em todos os partidos políticos. Talvez por um milagre, ainda exista um, pelo menos um, que seja probo, honesto e de boa-fé. A política continua a mesma sujeira. Mas a única esperança de mudança continua em nossas mãos. Nós somos os eleitores!!! Moralizar as relações políticas no Brasil é uma tarefa quase impossível. Infelizmente, atualmente, é mais fácil acreditar em Zeus, Pandora e Prometeu.
Vamos começar pelo excêntrico nome da operação policial. Pandora é uma personagem da mitologia grega, considerada a primeira mulher, filha primogênita de Zeus. A famosa Caixa de Pandora era usada por ela para guardar lembranças e a sua mente. A tragédia aconteceu quando ela guardou lá um colar que seu pai havia dado a ela. A caixa não podia guardar bens materiais e por isso o colar foi destruído. Pandora entra em depressão e tenta dar fim na caixa, mas ela era indestrutível. Por fim, ela se mata, por não conseguir continuar vivendo carregando aquela maldição. Comumente, a expressão “Caixa de Pandora” é utilizada para fazer referência a algo curioso, mas que se convém não mexer, sob pena de acontecer uma catástrofe. Aparentemente, a Polícia Federal usou de muita sagacidade na escolha do nome da operação. A Caixa de Pandora só continha bens abstratos, enquanto o Caixa de Arruda tinha muito dinheiro de origem ilícita, oriundo de caixa dois, dinheiro esse utilizado para financiar um esquema de mensalão pago aos deputados distritais.
O último governador do Democratas está prestes a cair. Sim, pode acreditar. O DEM, antigo PFL, só elegeu um governador na última eleição. E ele, Arruda, está prestes a perder o cargo por mais um escândalo. A população está revoltada. Já existe uma onda de protestos “Fora Arruda”. Será que, como Sarney, ele resistirá? Acho e espero que não. Já chega de corrupção e impunidade. Mas somos culpados e precisamos assumir a nossa parte nesta pouca vergonha. Como? Não me entendeu? Vou explicar. Arruda, junto com Antônio Carlos Magalhães, renunciou ao seu cargo de senador em 2001. Ambos estavam envolvidos na quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado. Renunciaram para fugir da cassação e ambos voltaram ao palco eleitoral. Eu até entendo, apesar de não aceitar, a razão da popularidade de ACM na Bahia e de Sarney no Maranhão. Entretanto, fico mais triste ainda ao ver a população do Distrito Federal eleger alguém manchado como Arruda. A cara do DEM é a mesma do PFL; mudou o nome, mas a ideologia é a mesma. Mas sabemos que a corrupção não é privativa do DEM, ela está presente, infelizmente, em quase todos os partidos políticos. E olhe que a minha vontade agora foi de dizer que ela está presente em todos os partidos políticos. Talvez por um milagre, ainda exista um, pelo menos um, que seja probo, honesto e de boa-fé. A política continua a mesma sujeira. Mas a única esperança de mudança continua em nossas mãos. Nós somos os eleitores!!! Moralizar as relações políticas no Brasil é uma tarefa quase impossível. Infelizmente, atualmente, é mais fácil acreditar em Zeus, Pandora e Prometeu.
Comentários
RF
Um abração