EM BUSCA DE UM PROJETO

A minha ausência não é intencional! Estou sem PC em casa, sem tempo (como sempre) e também sem muita inspiração. Entretanto, cansei de ver esse blog tão inerte. Resolvi postar aqui um texto acadêmico que levei para meu professor semana passada. Talvez não seja interessante para ninguém, mas pelo menos o primeiro texto de outubro saiu. Vou me determinar a voltar a escrever intensamente aqui. Sinto falta de todos que aqui colaboram comigo, mas sei que cada um deles (Rafael, Gabriel e Gabriela) tem suas dificuldades e por isso também estão ausentes. Eis aí, pois, um texto diferente, pessoal, um pouco cômico, mas bem inspirativo. BOA LEITURA!



Uma incógnita estava em minha mente quando iniciei esta matéria. Até então, esta equação ainda permanece possível, mas indeterminada. Possuo a ideia que farei em PPF uma espécie de Trabalho de Conclusão de Curso. Conceber um projeto prematuramente e de modo abrupto não me parece fácil. Gosto de escrever quase tanto quanto amo ler. Entretanto, ainda não me sinto apto. Falta-me o pontapé inicial, por assim dizer. Na verdade, falta tudo, pois sem um tema, sei que estou perdido. Chuviscaram em minha mente alguns possíveis temas. E, talvez, dessa garoa de pensamentos possa emergir um projeto único, necessário e capaz de ser feito num exíguo período de três meses.

Na segunda aula de PPF, expus de maneira verbal minhas primeiras tentativas de encontrar um tema adequado para meu projeto. Surgiu em mim uma vontade de fazer um projeto sobre estágio. Mais especificamente, sobre os programas de estágio das empresas de engenharia. Algumas indagações eu queria responder com esse trabalho de pesquisa, tais como: Qual a importância de um programa de estágio? Quem ganha com isso? Como deve ser feito esse programa? Quais os reais benefícios? Como medi-los?
Minha experiência de estágio me levou a pensar nesse tema. O meu público-alvo ainda é incerto, pois pode ser o empresariado bem como os estudantes de engenharia. O fato é que fui dissuadido na aula lecionada a abandonar esta vertente. O professor da matéria me sugeriu que mudasse de temática, pois a sua impressão inicial era que minha ideia não estava bem definida, não teria um campo de pesquisa vasto e fácil e o tempo seria um grande vilão contra o meu projeto.

Um pouco relutante, acatei as determinações e passei a buscar uma nova problemática. Lembrei então de um trabalho feito por mim no segundo semestre, quando, junto com um colega de classe, abordei o “estereótipo do engenheiro” como temática. Esse é um outro tema que muito me interessa, pois mescla a área de Exatas com a área das Humanas. Alguns questionamentos: Qual visão o operário tem do engenheiro? Existe um rótulo de burguês, capitalista e autoritário? Existe um estereótipo do profissional de Engenharia? Esse estereótipo atrapalha as relações de trabalho que envolvem o engenheiro? De que maneira? Há uma possibilidade de atenuar essa visão deturpada? Todas essas questões serão respondidas após uma pesquisa bibliográfica acurada e depois de realizadas e analisadas algumas entrevistas com operários, engenheiros e especialistas. Acredito que esse projeto seja exeqüível no tempo que me resta. Mas ainda preciso do aval do professor para avançar nesta temática e começar o projeto. Meu público-alvo são os engenheiros. O projeto visa a demonstrar aos engenheiros que eles são vistos de forma estereotipada pela sociedade e com mudança de ações e de posturas eles podem reduzir essa imagem ruim do profissional. O projeto se justifica, pois avalia as questões psicológicas, sociais e antropológicas das relações de trabalho do profissional de engenharia.

Desenvolver um projeto é uma tarefa em meus planos neste bimestre. A minha ansiedade maior agora é definir o tema para enfim começar. Estou disposto a usar meu tempo em pesquisas, em entrevistas, em reunião de dados e documentos para integrá-los em meu projeto. Algumas dúvidas ainda surgirão, mas acredito que, somente em escrever este texto, já me senti qualificado para começar essa empreitada.