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SELEÇÃO BRASILEIRA - EMOÇÃO PRÉ-COPA


Há algum tempo ando desiludido com a seleção canarinho. Sou brasileiro apaixonado, mas fiquei triste com a indicação de Dunga para dirigí-la. Ele foi um grande jogador e é uma excelente pessoa, mas não é o técnico mais preparado para treinar a seleção. Aos poucos, ele ganhou confiança e com um pouco de sorte conseguiu seus espaços. Eu não me rendi a ele, mas permaneci fiel a minha seleção.


A Copa das Confederações chegou. Eu já espera um Brasil vívido e atuante. Entretanto, tudo começou meio tenebroso. Foi uma vitória suada contra o Egito. Depois, veio a redenção. Vencemos os EUA e a Itália. Mais que isso: CONVENCEMOS! E melhor ainda: eliminamos a AZURRA. Tava tudo muito perfeito. Então, veio a anfitriã. E como a BAFANA-BAFANA nos deu trabalho. Um gol salvador de Daniel Alves no finzinho nos deu a oportunidade de disputar a final contra zebra da Copa: novamente os EUA.


Não suporto os yankes por diversas razões ideológicas. Tento extravazar isso na torcida. OS EUA nem ligam muito para o Soccer - como chamam o futebol. São doentes por basquete, beisebol e futebol americano. O nosso futebol está em segundo plano para eles. Mas eis que a zebra reaparecia em Joanesburgo. Após eliminar a Espanha na semi-final, os EUA terminam o primeiro tempo da final vencendo por dois a zero. Estava triste. A seleção não atuava bem. Maicon (jogador de Dunga) não acertava um cruzamento. Robinho estava mais apagado do que nunca. Mais eu ainda acreditava na seleção. E torcia. Gritava. E gritei GOL logo no início da segunda etapa: LUÍS FABIANO. A esperança brotava. Era possível vencer os yankes. Toda a nação brasileira já acreditava nisso. O time melhorou no segundo tempo. Kaká - estrela do time - passou a jogar o seu bom futebol. O juiz nos roubou um gol legítimo. Mas insistimos. E bradamos GOL mais uma vez. LUÍS FABIANO outra vez. Emoção, alegria, êxtase! Queria mais. Dava para virar o jogo. Era possível. Dunga, como sempre, mexeu errado. Deixou Maicon em campo e inventou Daniel na ala esquerda. Elano (outro jogador de Dunga) também entrou. Estava com raiva de Dunga, mas queria ver a vitória da seleção. E ela veio. Num cruzamento de escanteio. Numa testada do melhor zagueiro do mundo na atualidade: LÚCIO. E ele fez uma copa esplendorosa. Estava merecendo, eu torcia por isso. A vitória foi emocionante. A alegria me contagiou e as lágrimas quase me vieram na face, como na de Lúcio. Foi bom gritar, extravazar e ver os norte-americanos chorarem, sentirem a derrota. Preparei bem meu coração: 2010 tem COPA DO MUNDO.

Comentários

Joás Designer disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Joás Designer disse…
Assim como você, meu gosto de vibrar pela seleção já havia passado da validade! Não sentia mais aquela emoção da Copa de 2002 ou da de 98 quando, mesmo ainda pequeno, torci e vibrei pela seleção. Dunga? Não "desce". Vindo de você o "...Eu não me rendi a ele...", não me espanta (Ronaldo que o diga). Mas, Com muita garra dos jogadores e TODA a sorte do mundo, creio sim, que ele conseguirá conduzir essa seleção, novamente ao título mundial.
Depois de anos, me emocionei de novo. Quando ouvi o apito final, as lágrimas vieram aos meus olhos. E cairam. Percebi o coração brasileiro batendo novamente. Com força.
Vamos, todos juntos, tentar reviver a emoção de ser brasileiro!

PARABÉNS BRASIL ! !
Gabriel França disse…
Excelente a ideia de falar sobre a nossa seleção! Entrar numa competição como grande favorito e superar todas as expectativas não é algo fácil. Em relação a Dunga eu ainda tenho um pé atrás. Acredito que nós precisamos de um treinador experiente. Quando o time tá ganhando tudo é uma maravilha, mas basta perder alguns jogos e já surgem inúmeras causas das más atuações. Dunga está indo bem. O povo tá gostando. Mas, e se ele perder a Copa?! Vão reclamar, alegando que ele não tinha experiência com competições desse nível. E aí vai ser mais uma grande bagunça.
A conquista da Copa das Confederações devolveu aos brasileiros o entusiasmo com a nossa seleção. Foi realmente emocionante esse título! De virada ainda. Em cima dos Norte-Americanos... Sensacional!

Valeu, galera!
Sorte pra seleção!
Rafael França disse…
Sai Pelé, entra Zico. Sai Zico, entra Ronaldinho Gaúcho. Depois do maior craque da terra dos pampas, Kaká é o novo dono da camisa 10 da seleção. Guardadas as devidas proporções, é claro, o alto nível mantém-se incólume também nas outras posições. Não me assustei com os 2x0 que tomávamos dos EUA e afirmei, sem medo de ser feliz: "vamos virar esse jogo". A seleção brasileira se sobressai, na verdade, pela mistura de raças que colore o seu time. Nenhuma outra seleção no mundo é tão miscigenada como a nossa. Aqui jogam negros, índios, mestiços e brancos por uma só nação. Enquanto a maioria das outras seleções do mundo não têm a mesma variação - à exceção da francesa, que muito se aproxima da nossa, embora a força seja a sua principal marca; não o talento. Seria preciso um novo processo diversificado de miscigenação para que pudesse surgir um País tão bom no futebol quanto o nosso. O equilíbrio é a palavra que melhor define a seleção tupiniquim, em todos os tempos. Mas se o desleixo e a preguiça tática voltarem a imperar por aqui, sobrarão títulos para Itália, França e Argentina.

RF

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