Quem acompanha com relativa frequência os noticiários está acostumado com as manchetes que retratam os problemas geopolíticos dos países do Oriente Médio. O conflito árabe-israelense está sempre em pauta. Recentemente, as invasões ianques no Iraque e no Afeganistão para “combater o terror” ganharam o centro das atenções. O próprio Irã está rotineiramente na mídia mundial, graças a sua rivalidade com os EUA. E ele está de volta mais uma vez; e com força total. Rádio, televisão, revista, jornal, twitter, facebook, youtube: instrumentos de veiculação desta crise iraniana por todo o globo.
O cenário em Teerã, após o resultado das eleições que declaravam Ahmadinejad vencedor, foi de revolução. Uma grande parte da população se rebelou. Foi uma apuração muito rápida. O mais cético dos eleitores teve certeza da fraude que se incrustava no resultado daquele pleito. De maneira geral, o levante populacional de apoio à candidatura oposicionista de Mousavi foi considerado como um levante democrático. Mas existe democracia no Irã?
Desde 1979, após a revolução islâmica, liderada pelo aiatolá Khomeini, o Irã vive um regime teocrático. Não é uma teocracia similar à praticada no Antigo Egito. Existem eleições, mas elas precisam ser corroboradas pelo líder supremo, a maior autoridade política e religiosa do país. A influência do Islã na política é clarividente. Fica difícil falar em democracia, ou mesmo em mudanças radicais. O líder oposicionista Mousavi está longe de ser um herói na história iraniana. Entretanto, mesmo com sua fraca oratória, ele conseguiu fazer a população se insurgir contra as autoridades políticas e religiosas. Mousavi não é nenhum liberal, mas se posto ao lado de Ahmadinejad, ele pode ser considerado pelos ocidentais como um bom moço. O próprio Obama já declarou que não acredita que exista uma discrepância muito grande entre os dois candidatos. Com qualquer um dos dois no poder, o Irã irá continuará sendo uma pedra no sapato dos EUA.
As palavras de Obama não foram ridicularizadas, mas as de Lula foram avidamente hostilizadas pela mídia jornalística brasileira. É fato que o presidente petista tem a fama de cometer gafes e falar besteiras. Entretanto, Lula disse a mesma coisa que o Obama com a diferença de que ele usou mais uma de suas famigeradas metáforas (vascaínos x flamenguistas). No saldo final, o levante iraniano tem um balanço positivo de politização ideológica interna e um déficit de vidas humanas, ceifadas pela forte repressão. A nós que estamos do lado de cá, cabe-nos esperar qual país do Oriente Médio será a bola da vez.
O cenário em Teerã, após o resultado das eleições que declaravam Ahmadinejad vencedor, foi de revolução. Uma grande parte da população se rebelou. Foi uma apuração muito rápida. O mais cético dos eleitores teve certeza da fraude que se incrustava no resultado daquele pleito. De maneira geral, o levante populacional de apoio à candidatura oposicionista de Mousavi foi considerado como um levante democrático. Mas existe democracia no Irã?
Desde 1979, após a revolução islâmica, liderada pelo aiatolá Khomeini, o Irã vive um regime teocrático. Não é uma teocracia similar à praticada no Antigo Egito. Existem eleições, mas elas precisam ser corroboradas pelo líder supremo, a maior autoridade política e religiosa do país. A influência do Islã na política é clarividente. Fica difícil falar em democracia, ou mesmo em mudanças radicais. O líder oposicionista Mousavi está longe de ser um herói na história iraniana. Entretanto, mesmo com sua fraca oratória, ele conseguiu fazer a população se insurgir contra as autoridades políticas e religiosas. Mousavi não é nenhum liberal, mas se posto ao lado de Ahmadinejad, ele pode ser considerado pelos ocidentais como um bom moço. O próprio Obama já declarou que não acredita que exista uma discrepância muito grande entre os dois candidatos. Com qualquer um dos dois no poder, o Irã irá continuará sendo uma pedra no sapato dos EUA.
As palavras de Obama não foram ridicularizadas, mas as de Lula foram avidamente hostilizadas pela mídia jornalística brasileira. É fato que o presidente petista tem a fama de cometer gafes e falar besteiras. Entretanto, Lula disse a mesma coisa que o Obama com a diferença de que ele usou mais uma de suas famigeradas metáforas (vascaínos x flamenguistas). No saldo final, o levante iraniano tem um balanço positivo de politização ideológica interna e um déficit de vidas humanas, ceifadas pela forte repressão. A nós que estamos do lado de cá, cabe-nos esperar qual país do Oriente Médio será a bola da vez.
Comentários
RF
As pessoas são influenciáveis demais pra ter algum foco.. E as informações chegam tão rápido, e uma mais absurda e diversa que a outra que estamos sempre inevitavelmente obsoletos (suponho que a despedida ao Michael vai durar um mês)!
Desculpe a demora, ou não ter mais vindo aqui.. de todo modo, estou sempre acompanhando pelo Reader!
Vou tentar ser mais constante, passa lá sempre também! (:
beijão..
Um forte abraço
Tiago França