Pular para o conteúdo principal

A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA

Já é sabido que a violência impera em nossa sociedade. Conhecemos as suas mais variadas formas de manifestação. Os estudiosos apontam inúmeras causas. Os políticos propõem diversas soluções, a maioria delas, ineficazes. A despeito de tudo, ela continua viva e exuberante. Está sempre nas primeiras páginas dos jornais. É assunto constante das revistas semanais. Graças a ela, o mundo tem se tornado mais tenebroso e as pessoas têm tido mais doenças psicossomáticas. O convívio social tem diminuído e os que têm condições financeiras suficientes têm se enclausurado em condomínios gradeados e filmados incessantemente. O medo está para todos e, infelizmente, ele não é infundado.


É difícil pegar um transporte coletivo e não temer um corrente e normal assalto a ônibus. Os que possuem o privilégio de terem um veículo automotivo também não estão livres deste temor. Cotidianamente, muitos carros são furtados e assaltados. As armas de fogo são as protagonistas desse caos urbano. Em conjunto com as drogas, é claro. Mas eu vou fazer o quê? Há alguns anos tentaram acabar com as armas. Infelizmente, o povo brasileiro disse NÃO à vida e vai continuar pagando o preço. Com as drogas o problema é semelhante e alguns acham que resolverão tudo as legalizando.


Tem gente que mata por ódio racial. Tem quem o faça por dinheiro. Tem quem o faça por vingança. Tem quem não tenha motivo plausível. A violência é realmente cruel. E nos acidentes automotivos ela também se faz presente, bem como nas tragédias familiares e nos suicídios inexplicáveis. É difícil conviver com ela; o fato é que não vivemos hoje sem ela. A ideia de um mundo terno e pacífico torna-se cada dia mais distante; virou uma quimera. Só resta nos adaptar a hediondez do nosso mundo. Mas não devemos nos conformar, apenas nos adequar, sem jamais deixar de estender a bandeira da paz e da não-violência.

Comentários

Rafael França disse…
Tema importante, amigo. A violência deve ser amplamente discutida: a cada dia que passa ela demonstra ser um gesto instintivo e fruto de uma existente irracionalidade humana.
Mas não podemos desconsiderar que existem, na história, precurssores relevantes para justificar o mundo atroz que herdamos, como o sentimento nacionalista, a diferenciação de povos por raças/etnias, a desigual distribuição de renda e a recente (des)globalização, por exemplo. Bom texto! Um abraço,

RF
Gabriel França disse…
Parece absurdo de se ouvir, mas a cada dia em que saio de casa me pergunto se não será o meu dia de vítima da violência. A gente acredita que as coisas ruins nunca acontecerão conosco, mas, infelizmente, estamos sujeitos a qualquer tipo de ação violenta. As pessoas estão sendo mortas como bichos. Estamos a viver um verdadeiro caos, onde sair e voltar pra casa, com vida, tem sido um verdadeiro desafio.
Gostei bastante do texto, velho!

Um abraço!

Postagens mais visitadas deste blog

EDMÉIA WILLIAMS - UM EXEMPLO DE FORÇA E CORAGEM

Vivemos em um mundo altamente egoísta. São raras as ações de humanitarismo e solidariedade. Por isso mesmo, elas merecem grande destaque. São poucos os relatos de pessoas que abandonam o seu cotidiano e a sua comodidade para contribuírem para o bem-estar do próximo. A “personalidade da semana” do INTITULÁVEL é uma dessas exceções da sociedade hodierna. Edméia Willians nasceu em Santarém, interior do Pará. Entretanto, sua família migrou para Salvador, na Bahia, onde ela passou a maior parte de sua vida. Aqui ela cresceu, realizou seus estudos, se casou, constitui família e obteve os bacharelados em Pedagogia, Filosofia, Psicologia e Música. A sua vida era normal, como de muitos. Passou a morar no Rio de Janeiro, devido ao emprego de seu marido. Chegou até a morar no Iraque, ainda na época de Sadan, também por motivos profissionais relativos ao seu esposo. Tudo transcorria normalmente até que duas tragédias mudaram a história de sua vida. Em um período muito curto, Edméia perdeu o seu es...

Eu sou burro

Eu sou burro, mas tão burro, que quem agora me lê acredita que eu sei escrever. E, sendo tão burro e insensato, resolvi falar da minha burrice para receber um elogio contrário ao que condeno sobre mim. Muita burrice mesmo! Escrevendo no Word!   Sendo corrigido pelo traço vermelho de ortografia! Muita estupidez! Eu sou burro, mas tão burro, que... Usei reticências – por não ter outro pensamento para colocar depois da última palavra. Usei travessão para demonstrar que conheço os recursos da língua. Conheço nada! Vi em algum livro e achei bonito. Sou mesmo muito burro! O pior de tudo é que, a essa altura, o leitor já deve estar impaciente, porque deve achar que é soberba minha; hipocrisia barata. Mas eu te pergunto, leitor: esse ponto e vírgula que eu usei acima está empregado corretamente? E mais: é certo o corretor ortográfico do Word sublinhar a minha pergunta, utilizando a cor verde, insinuando que não há concordância em “ponto e vírgula” com “es...

O PODER DO PERDÃO

“...sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros...” Bíblia Sagrada "Compreender tudo, é tudo perdoar." Leon Tolstói Não é comum ao ser humano perdoar. Não é uma tarefa fácil. Compreender o modo de agir do próximo pode ser impossível. Entretanto, todos reconhecem, quer cristãos ou judeus, islamitas ou budistas, católicos ou evangélicos, ateus ou agnósticos, a importância do ato de perdoar. A palavra “perdoar” traz embutida em sua essência semântica a idéia de absolvição. É através do perdão que os seres humanos conseguem aceitar as falhas e conviver bem com as diferenças. No cotidiano, passamos por diversos momentos onde o perdão se faz ou deveria se fazer presente. Desde pequenos, aprendemos a pedir desculpas. E esse ato de educação nos acompanha ao longo da vida. Entretanto, esta boa ação torna-se simplesmente uma praxe, sem o devido entendimento do assunto. O perdão proporciona a abertura dos relacionamentos. Não há casamento estável, ou ...