É difícil de acreditar, mas este texto não vai falar mal da TV Bahia, emissora Carlista que sempre foi criticada pelo seu escancarado apoio aos peefelistas, hoje democratas. Não! Vamos fazer uma reflexão sobre o nível de jornalismo de nossa mídia, principalmente, o exercido pela TV Itapoan e TV Aratu.
As cenas realmente chocavam. Era uma criança de apenas 5 anos de idade em movimentos sexuais com uma adulta, que afirmavam ser a mãe do garoto. No canal vizinho, um homem, que teve sua mão mutilada, gemia de dor. Esse é o quadro do jornalismo baiano, visto pela população no horário de almoço e de descanso. Parece difícil de acreditar, mas há muito tempo que este tipo de jornalismo se fincou por aqui. Existe o sensacionalismo para todos os gostos, desde o Balanço Geral, passando pelo Que Venha o Povo, chegando no Se Liga Bocão e no Na Mira. O apelo a fortes imagens, à violência urbana e à miséria social são os principais destaques destes programas que têm grande audiência. Eles mexem com as emoções e quando o ser humano é provocado pelas sensações, tende a querer ver, principalmente, quando ele não foi formado intelectualmente para ser crítico e para ver outros conteúdos.
Mostram cadáveres, pessoas em estado deploráveis, entrevistam bandidos, massificam crimes hediondos e atraem a massa menos favorecida da população pelo sensacionalismo barato. Mas agora eles extrapolaram de vez! É preciso entender que a liberdade de expressão termina onde se inicia o direito dos familiares. E no caso da criança, relatado acima, o programa, que exibiu as imagens, infringe o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a CF (Constituição Federal), que proíbem a veiculação de imagens de crianças vítimas de abuso.
E a classificação indicativa dos programas televisivos existe? Parece uma piada! É justamente nesta hora que as crianças estão na frente do televisor, vidradas com tudo o que vêem. E nesse momento, onde se encontra o Ministério Público do estado? Onde está a Defensoria Pública? Onde está a Justiça? Medidas urgentes precisam ser adotadas pelas autoridades públicas como forma de coibir tais agressões à sociedade civil. É fato que essa peculiaridade jornalística não é invecionice baiana. Ela existe em todo o país, aproveitando as brechas da lei, a falta de fiscalização, usando assim indevidamente a liberdade de expressão e comunicação para seduzir os incautos e obter audiência. Mas a bizarrice exibida nos programas baianos está chocando a muitos. São absurdos incontestáveis! Precisamos abrir os olhos. Lutar por um jornalismo decente e de qualidade no nosso estado.
As cenas realmente chocavam. Era uma criança de apenas 5 anos de idade em movimentos sexuais com uma adulta, que afirmavam ser a mãe do garoto. No canal vizinho, um homem, que teve sua mão mutilada, gemia de dor. Esse é o quadro do jornalismo baiano, visto pela população no horário de almoço e de descanso. Parece difícil de acreditar, mas há muito tempo que este tipo de jornalismo se fincou por aqui. Existe o sensacionalismo para todos os gostos, desde o Balanço Geral, passando pelo Que Venha o Povo, chegando no Se Liga Bocão e no Na Mira. O apelo a fortes imagens, à violência urbana e à miséria social são os principais destaques destes programas que têm grande audiência. Eles mexem com as emoções e quando o ser humano é provocado pelas sensações, tende a querer ver, principalmente, quando ele não foi formado intelectualmente para ser crítico e para ver outros conteúdos.
Mostram cadáveres, pessoas em estado deploráveis, entrevistam bandidos, massificam crimes hediondos e atraem a massa menos favorecida da população pelo sensacionalismo barato. Mas agora eles extrapolaram de vez! É preciso entender que a liberdade de expressão termina onde se inicia o direito dos familiares. E no caso da criança, relatado acima, o programa, que exibiu as imagens, infringe o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a CF (Constituição Federal), que proíbem a veiculação de imagens de crianças vítimas de abuso.
E a classificação indicativa dos programas televisivos existe? Parece uma piada! É justamente nesta hora que as crianças estão na frente do televisor, vidradas com tudo o que vêem. E nesse momento, onde se encontra o Ministério Público do estado? Onde está a Defensoria Pública? Onde está a Justiça? Medidas urgentes precisam ser adotadas pelas autoridades públicas como forma de coibir tais agressões à sociedade civil. É fato que essa peculiaridade jornalística não é invecionice baiana. Ela existe em todo o país, aproveitando as brechas da lei, a falta de fiscalização, usando assim indevidamente a liberdade de expressão e comunicação para seduzir os incautos e obter audiência. Mas a bizarrice exibida nos programas baianos está chocando a muitos. São absurdos incontestáveis! Precisamos abrir os olhos. Lutar por um jornalismo decente e de qualidade no nosso estado.
Comentários
RF
Além de tudo isso, ainda tem a demora de apresentar a droga da matéria. Ficam mais de meia hora enrolando, repetindo uns trechos da matéria pra prender o 'povo' frente à TV.
Dessa forma, prefiro aturar a muito atrapalhada Adriana Quadros.
Valeu, velho, pelo texto. Há muito tempo já estava indignado com isso, e você fez bem em externar uns sentimentos e idéias que eu acredito que muitos também tem.
Abraço!
Profissionalismo é um atributo inexistente na maioria dos nossos representantes na mídia...
Quando se caminha pela imprensa esportiva o sentimento de revolta se agiganta... ouvir 'pobrema' é tão comum quanto ouvir Varela dizer que "o jogo é jogado nas quatro linhas."
Breve Rafa estará ensinando na prática como se faz jornalismo com decência.
Aproveito para parabeniza-lo Rafa. A sua conquista é de todos nós!
Parabéns Tiago pela coragem de encarar o problema.
tb
parabéns pelo texto!! está 10!!!
Mas volta e meia escuto alguém falando sobre algumas dessas 'reportagens' sensacionalistas absurdas.. abusos, assaltos, desrespeito.. enfim todas as variações que possam girar em torno da violência, expondo de forma irresponsável a história das vítimas, e chocando "sem necessidade" e de forma igualmente irresponsável famílias inteiras.. Isso quando não mostram a 'cultura popular' da bahia(com mulheres semi-nuas, e homens semi-analfabetos cantando refrões monossilábicos)!
Excelente texto! Parabéns..
mesmo não estando ciente de tudo o que se transmite na mídia baiana, partilho das tuas opiniões!
bom, beijo!
;*
Taise, obrigado pelo comentário! Você e Joás são benvindos.
Abraços
Basta de tanta miséria!
E a diferença fazemos nós, não assistindo esses programas ridículos que só provam o quanto o ser humano tem decaido.
Parabéns Ti por mais um texto que nos leva a pensar em como mudar.