Um novo dia! Uma nova manhã! Os raios solares da inebriante aurora invadiam as janelas translúcidas do meu quarto. O aviso estava dado. A rotina iria se iniciar mais uma vez. O cotidiano me aprisionava. A luz ofuscava minha visão e atrapalhava o fim do meu sono benfazejo. Não podia mais protelar o meu despertar. O dever me chamava. Ainda relutante, levantei. Não havia remédio. Nem sempre há escolhas. A tão ousada e sonhada liberdade, pregada pelos revolucionários franceses, não existe. E refletindo bem, é melhor que seja assim. Detive-me nos detalhes de minhas ações matutinas. Não havia nada de diferente. Entretanto, aprendi bastante com as miudezas tão conhecidas minhas. O inócuo me pareceu tão interessante. O repetido e enfadonho trabalho me proporcionou bem-estar. Tudo me era estranho, apesar de tudo ser-me tão intrínseco. Estava fascinado com o comum. Vi o belo sorriso dos que me circundavam. Me senti amado. Encontrei quem fizesse o bem, sem olhar a quem. De repente, senti algo que há muito não sentia. Não conseguirei descrever. Era inominável, sim, era intitulável. Mas alguns que nunca a sentiram, me disseram que ela se chamava FELICIDADE. Infelizmente, essas mesmas pessoas amargas me ensinaram que o apreciável tem duração fugaz. No popular: tudo o que é bom dura pouco. O céu acinzentou. Não havia indícios de chuva, era o crepúsculo se aproximando. Fim da tarde! Fim do dia! Ficou para trás de mim toda essa poesia que aqui jaz escrita. Vou deitar-me ansiando pelo amanhã. Desejoso por começar de novo.
Vivemos em um mundo altamente egoísta. São raras as ações de humanitarismo e solidariedade. Por isso mesmo, elas merecem grande destaque. São poucos os relatos de pessoas que abandonam o seu cotidiano e a sua comodidade para contribuírem para o bem-estar do próximo. A “personalidade da semana” do INTITULÁVEL é uma dessas exceções da sociedade hodierna. Edméia Willians nasceu em Santarém, interior do Pará. Entretanto, sua família migrou para Salvador, na Bahia, onde ela passou a maior parte de sua vida. Aqui ela cresceu, realizou seus estudos, se casou, constitui família e obteve os bacharelados em Pedagogia, Filosofia, Psicologia e Música. A sua vida era normal, como de muitos. Passou a morar no Rio de Janeiro, devido ao emprego de seu marido. Chegou até a morar no Iraque, ainda na época de Sadan, também por motivos profissionais relativos ao seu esposo. Tudo transcorria normalmente até que duas tragédias mudaram a história de sua vida. Em um período muito curto, Edméia perdeu o seu es...
Comentários
RF
Muito bom mesmo!
Hora de voltar ao ritmo que o blog merece. Vamos lá!
GF