Tudo tinha sido muito rápido e muito explosivo. Era uma tarde fagueira comum. A volta do colégio sempre foi um episódio comum. Mas aquele dia foi especial. Há tempos que Caio sentia uma enorme necessidade de se aproximar das garotas. Sim, ele precisava namorar. Dar o seu primeiro beijo. Afinal, todos os seus colegas já tinham experimentado da inusitada experiência. O melhor amigo dele havia combinado tudo. O esquema era infalível. Tudo estava acertado para que o ósculo tão sonhado por Caio fosse com Clarinha, a loirinha mais bela da sala. Caio suspirava de emoção. Um nervosismo danado. Ela iria sair do colégio com duas amigas. Seguiriam um trajeto diferente do rotineiro. Caio e seu amigo iriam segui-las de longe. Cada segundo era estrondante. Ele ansiava por aquele momento. Mas também o temia. E se ele fizesse algo errado? Provavelmente, seria a chacota da semana. Então ele ficava angustiado e preocupado. Não podia ter medo. Sou um homem – dizia ele internamente. Já tinha visto muitos beijos em novelas, filmes e até mesmo no colégio. No ínterim dos pensamentos correntes, o momento chegou. Agora era apenas ele Clarinha. Ela foi se aproximando dele, inspirando confiança. O medo dele diminuiu um pouco. A iniciativa foi toda dela. E enfim o beijo aconteceu. Primeiro o beijinho. Um simples pitoque em que ele sentiu a maciez dos lábios de Clarinha. Ela sorriu. Ele continuava meio inerte. Ela avançou novamente. Dessa vez o beijo foi intenso. Ele não estava habituado aquela situação. Clarinha agia com tanta vivacidade. Ele pensava – ela realmente gosta de mim. O dia findou. E, à noite, Caio apenas sonhou com Clarinha. Planejou mil coisas. Ele era um garoto romântico. Pensou em pedi-la em namoro. Talvez em casamento. Que pressa é essa? Mas a euforia era intensa. A experiência tinha sido maravilhosa. Ele estava amando. Não estava apenas apaixonado. Já era amor. Um amor imaturo, é verdade. Mas muito sincero. Era preciso dormir. Amanhã seria um dia importante. Rever Clarinha e selar com ela o seu futuro.
O dia amanheceu. Tudo transcorreu normalmente. No colégio, tudo para Caio lembrava Clarinha. Pena que ela não seja da minha turma. E a ansiedade era tanta, pois queria vê-la o mais rápido possível. Seu amigo questionou-lhe sobre o encontro. Ele contou a sua versão. Mas não entrou em detalhes. Disse que iria namorar Clarinha. Seu amigo riu disfarçadamente. Não foi por maldade. Mas preferiu não dizer nada a Caio. A felicidade era muito explícita no seu rosto. Não dava para ser um estraga-prazer. Caio não encontrou clarinha na saída. Procurou o quanto pode. Perguntou por ela às amigas dela. Nada. Ele estava desanimado. E ela havia vindo ao colégio. Essa era uma informação colhida. Mas porque não me esperou – questionava-se ele. Resolveu voltar para casa pelo mesmo caminho secreto do dia anterior. Queria relembrar os momentos vividos ali. Ia sentindo um aroma delicioso. Era o aroma do beijo de Clarinha – ele pensava. A cena seguinte foi pintada grotescamente. Um quadro que me recuso a mostrar. Mas pelo bem dos adolescentes, se faz necessário alardear o ocorrido. Era mais do que simples beijo. Era uma confluência de corpos. No mesmo lugar de ontem. Não era possível. Um beócio, mais velho do que Caio, estava aos beijos com Clarinha. Não apenas mais velho, mas mais forte e também mais afoito. Não eram apenas beijos. Eram verdadeiros amassos que, naquele ambiente ermo, em breve se tornaria numa volúpia de corpos despidos possuídos de paixão. Uma pequena lágrima surgiu no canto inferior do olho esquerdo de Caio. Queria poder chorar com ele naquele momento. Mas ele estava só. Não teve ação. Muito menos reação. De repente, surgiram rios de lágrimas que lavaram a alma de Caio e transformaram a sua forma de amar para sempre.
O dia amanheceu. Tudo transcorreu normalmente. No colégio, tudo para Caio lembrava Clarinha. Pena que ela não seja da minha turma. E a ansiedade era tanta, pois queria vê-la o mais rápido possível. Seu amigo questionou-lhe sobre o encontro. Ele contou a sua versão. Mas não entrou em detalhes. Disse que iria namorar Clarinha. Seu amigo riu disfarçadamente. Não foi por maldade. Mas preferiu não dizer nada a Caio. A felicidade era muito explícita no seu rosto. Não dava para ser um estraga-prazer. Caio não encontrou clarinha na saída. Procurou o quanto pode. Perguntou por ela às amigas dela. Nada. Ele estava desanimado. E ela havia vindo ao colégio. Essa era uma informação colhida. Mas porque não me esperou – questionava-se ele. Resolveu voltar para casa pelo mesmo caminho secreto do dia anterior. Queria relembrar os momentos vividos ali. Ia sentindo um aroma delicioso. Era o aroma do beijo de Clarinha – ele pensava. A cena seguinte foi pintada grotescamente. Um quadro que me recuso a mostrar. Mas pelo bem dos adolescentes, se faz necessário alardear o ocorrido. Era mais do que simples beijo. Era uma confluência de corpos. No mesmo lugar de ontem. Não era possível. Um beócio, mais velho do que Caio, estava aos beijos com Clarinha. Não apenas mais velho, mas mais forte e também mais afoito. Não eram apenas beijos. Eram verdadeiros amassos que, naquele ambiente ermo, em breve se tornaria numa volúpia de corpos despidos possuídos de paixão. Uma pequena lágrima surgiu no canto inferior do olho esquerdo de Caio. Queria poder chorar com ele naquele momento. Mas ele estava só. Não teve ação. Muito menos reação. De repente, surgiram rios de lágrimas que lavaram a alma de Caio e transformaram a sua forma de amar para sempre.
Comentários
RF
Apesar de 'Caio' ter se ferrado(rsrs...), foi bom pra ele, serviu de lição em sua vida. Um texto melancólico mesmo, Tiago. Foi mais um grande prazer ter passado os olhos na tela, na página do blog. Continue assim, primo!
Abraço!
Caio ~> kkkkkkkkkkkkkkkkk...