Tem um primo que me liga – e registro isso aqui com um sorriso no rosto – e me pergunta: “por que os textos que você escreve no site do Jornal são tão cheios de vírgulas, parceiro? Que chatice”. Na hora, apenas rio, mas ele deve saber que ando à procura de um aperfeiçoamento para a escrevinhação cotidiana, afinal a literatura e o jornalismo são coisas mesmo muito distintas, abismo avassalador que me motivou a voltar a este espaço para escrever. Primeiro, vale confessar que estou em crise. Se, dentro de alguns dias, eu não inventar um pseudônimo para mim, terei morte diagnosticada pela inveja que sinto dos grandes escritores e definitivamente nunca mais voltarei a escrever aqueles parágrafos longos que eu adoro, com a técnica do fluxo de consciência, recurso literário que mais aprecio e que consagrou o mestre João e muito mais gente por aí, principalmente porque neste tipo de parágrafo vem uma vírgula atrás da outra e, por incrível que pareça, tudo o que é registrado normalmente tem c...
Prazer em ler...