Se dera os gritinhos do seu agrado e fizera à maneira como ela sempre lhe pede em ocasiões como a que se encontravam, por que, então, tinha Carlota de lhe fazer aquela inesperada pergunta? Já não estava tudo bem? Não lhe passava pelos miolos que ele poderia ficar assim, desse jeito, confuso, quase incapaz de executar gestos e notadamente incapaz até mesmo de balbuciar alguma coisa, como quem quase se encontra totalmente desprovido da propriedade da fala? O que quisera Carlota com aquele inquirimento? Por que não lhe perguntara antes do ato amoroso, para que, sem hesitações, sem cerimoniosidade, com o cenho fechado, com a arcada dentária justaposta, com o olhar fixado no nada, com toda a inexpressão no rosto, enfim, ele lhe passasse a vara com sentimentos outros que não somente através de com todo aquele amor com que fora indolentemente levado a se doar? E será mesmo que ela não podia antes avisar que se preparasse e que assumisse outra postura no leito ...
Prazer em ler...